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terça-feira, 11 de setembro de 2007

Recordar

6 anos depois, recordo o 11 de Setembro.

Em memória de todas as vidas que nesse desastre foram perdidas.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

5.º Congresso da SOPCOM


Decorre de 6 a 8 deste mês o 5.º Congresso da SOPCOM - Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação.

«Comunicação e Cidadania». Este é o tema do congresso, cujos sessões temáticas e conferências se espalharão por 21 áreas temáticas e de trabalho.

Poderão acompanhar todos os desenvolvimentos do congresso através do blog http://5sopcom.blogspot.com/

Para todos aqueles que não podem estar presentes, poderão assitir às sessões temáticas em directo em http://www.scom.uminho.pt/Default.aspx?tabid=7&pageid=204&lang=pt-PT
Para todos, um bom congresso.

Luciano Pavarotti

Luciano Pavarotti morreu esta madrugada na sua residência em Modena, Itália, vítima de cancro do pâncreas. O tenor italiano tinha 71 anos.

O agravamento repentino do estado de saúde de Pavarotti, operado em Julho do passado ano a um tumor, foi noticiado ontem à noite pelos media italianos.

A notícia da morte do tenor espalhou-se velozmente em Modena. As autoridades policiais locais formaram um cordão de segurança em redor da residência do tenor devido à afluência de inúmeros populares ao local, onde segundo a RAI já se encontrava um carro funerário.

Pavarotti tinha sido hospitalizado a 8 de Agosto devido a um estado «febril», regressando a casa no dia 25.

Duas intervenções cirúrgicas, uma no início do ano passado às costas e outra em Julho de 2006 ao pâncreas, obrigaram o cantor a cancelar uma digressão de despedida com 40 concertos por todo o mundo, iniciada em 2004.

Pavarotti não era visto em público há vários meses, embora, depois da última intervenção cirúrgica, tivesse anunciado a sua vontade de retomar a digressão de despedida no início deste ano, mas não conseguiu ver o seu desejo concretizado.

No início deste Verão, a sua mulher tinha afirmado que o cantor estava bem de saúde e que estava a preparar o lançamento de um novo disco. «Nunca se pode saber bem com esta doença, mas acho que Luciano se vai safar, ele está bem. Está a terminar um quinto ciclo de quimioterapia, não perdeu um único cabelo e acima de tudo nem emagreceu», afirmou na altura Nicoletta Mantovani.

Desaparece, assim, aquele que foi considerado como "o maior tenor do Mundo" desde o desaparecimento do "grande Caruso" em 1921.

Jorge Durões com Público Online e Lusa

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Petição

Historial
O Teatro Rosa Damasceno localiza-se na freguesia de Marvila, no Centro Histórico de Santarém, Portugal.

Desaparecida, a construção original (de um eclectismo análogo ao Teatro Ginásio de Lisboa) segundo traço do arquitecto José Luís Monteiro realizou-se entre 1870 e 1876. O teatro foi baptizado em honra de Rosa Damasceno, actriz que fazia furor nos palcos lisboetas da época.


Com o evoluir da técnica cinematográfica e do advento do som, o imóvel sofre uma profunda remodelação em 1937, com projecto Art Deco do arquitecto Amílcar Pinto Correia, sobre as ruínas do antigo teatro da cidade por iniciativa do Clube de Santarém ficando com Capacidade para 1400 espectadores. Nos anos 90 deixou definitivamente de funcionar.


O edifício foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 2002, e em 2004 o edifício foi cedido pelo Clube de Santarém a um empreiteiro em troca por lotes de terreno no concelho vizinho de Almeirim.


Na madrugada de 10 de Março de 2007 o edifício ardeu totalmente só ficando as paredes da fachada e alguns anexos.



O futuro deste importante espaço pode depender da sua assinatura, esta petição pode marcar a diferença entre a devolução e preservação deste espaço a Santarém ou um futuro incerto nas mãos de privados.



Assine e divulgue em


OBRIGADO!
Algumas fotos do Teatro Rosa Damasceno após o incêncio




segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Solidão... ou cliché...

Nunca o cliché «sozinho no meio de uma multidão» fez mais sentido. E ganha esta dimensão porque, quando nos sentimos incompletas, por mínima que essa incompletude seja, ganha contactos titânicos, gigantescos.

Diariamente, centenas de pessoas rodeiam os espaços por onde me movimento, os locais por onde passo, os sítios onde permaneço. Olho em volta… estou sozinho… forma-se um imenso e profundo fosso entre o Eu e o Eles. Sinto-me perdido em ambientes demasiado conhecidos. Isolo-me? Ou estarei a ser isolado? Não sei… apenas a minha imperfeição e a impossibilidade de me fazer completar respondem a esta questão…

SIM... SOZINHO NA MULTIDÃO...

Fecho-me em mim… em mim próprio… estou comigo… solto-me comigo… rio comigo, choro comigo… chateio-me comigo… canso-me, farto-me, irrito-me, faço as pazes, passo-me, embirro… comigo… apenas comigo… Ganhei a alcunha de «pequeno, arrogante e prepotente»… simplesmente porque por onde me movimento não me meto com ninguém… estou comigo e quero estar comigo…

O único local onde me sinto plenamente comigo próprio, completo, é no meu quarto… sozinho… luz apagada… na escuridão… onde o tempo e o espaço se perder completamente e perdem toda a importância para mim. Uma dimensão paralela de silêncio, escuridão e solidão onde a engrenagem do pensamento tenta funcionar mas não consegue… por incrível que pareça… o pensamento, esse, só flúi quando estou rodeado, como é agora o caso, e onde me sinto, para além de sozinho, perdido… «Eu ainda não me vivi, nunca me vi».

Mas serei alguma vez capaz de romper com esta parede de silêncios e solidão? De viver numa esfera sem me sentir sozinho? Até lá, permaneço nesta dimensão de palavras e silêncios…

Reencontro

Palavra simples… palavra que encerra em si um momento que, queiramos ou não, acaba por se tornar mágico. Mais mágico e especial se torna se este momento for propositado…

Quando os reencontros não são planeados poderemos realmente denominá-los de reencontros ou serão apenas um conjunto de circunstâncias involuntárias e casuais que levaram a que esse momento se proporcionasse? Nesta linha de pensamento, prefiro considerar como minha a segunda hipótese. Contudo, quando há uma verdadeira intenção de reencontro, especialmente quando não se vê uma pessoa ou um grupo delas há muito tempo, há a expectativa… há expectativas… como estará? Que temas de conversa? Que momento da sua vida estará a passar?

Nesta perspectiva, há já uma predisposição de conhecimento do que se passa e que se terá passado com essas pessoas… mas existe o receio… receio da forma como poderemos ser tratados após um longo momento de ausência forçada pelas mais variadas circunstâncias da vida…

Contudo, os medos dissipam-se… as dúvidas desvanecem-se quando o reencontro se dá verdadeiramente… naquele momento específico de reencontro.

Daqui poder-se-á retirar uma conclusão… por mais tempo que duas pessoas estejam separadas, sem contacto algum, quando se reencontram, as coisas parecem recomeçar do exacto ponto onde foram suspensas. Isto porque estas pessoas, para além de gostarem muito uma da outra, admiram-se mutuamente.

Despedida

A despedida… esse momento tragicómico em que múltiplas sensações afloram… em que o raciocínio se perde e onde a certeza de uma distância ainda não concretizada toma formas rígidas e nítidas.

O adeus… essa palavra que a sintaxe quis que fosse curtíssima mas que em si encerra toda uma panóplia de momentos, toda uma vivência pessoal e plural… toda uma vida que passa à nossa frente revisitada.

«Mas como se pode resumir um segundo? Como se pode resumir uma vida?». Pode-se. Pode ser tudo resumido, friamente, a uma palavra… à palavra adeus.

Mas o adeus não é uma palavra estanque… o adeus encerra uma etapa da vida de cada um de nós… mas não se limita a terminar algo… também abre portas… prepara-nos para o próximo desafio a enfrentar, para o próximo estagio do nosso crescimento pessoal… para o próximo ponto do renascimento de casa um enquanto pessoa.

«Loucura… Loucura disto… Loucura disto tudo isto… Que palavra será?». Essa palavra é ADEUS. Não há adeus se loucura. Não há adeus sem a coragem e a loucura necessárias para cortar com o passado. Não há verdadeira vontade de nos renovarmos enquanto seres humanos, de nos constantemente reinventarmos sem uma boa dose de loucura… que palavra será?

Será, definitivamente, adeus… adeus à antiga vida… adeus aos costumes e locais de sempre… adeus às pessoas, às amizades, inimizades, vontade, necessidades, verdades, dogmas, pensamentos, pancadas, tristezas, sorrisos, sorrisos cínicos, cinismos, abraços, beijos, amores, desamores, favores, momentos, tempos, pausas, recomeços, atropelos… adeus a isto, adeus a tudo isto.

«Todavia tenho esperança, juro…». Quando voltarmos os locais, as pessoas serão as mesmas e continuarão a gostar de nós e amar-nos, como sempre gostaram e amaram.

Para o futuro breve, FORÇA… para ti… força… para o teu próprio bem… para o meu de todos os que te rodeiam… para bem de nós…

«…tenho esperança, juro, de um dia poder contar uma história com homens, uma espécie de homens…». Tenho esperança de contar a tua história!

Escuridão

O dia vai escorrendo pelas suas longas horas… deitado, espero que ele passe… aqui… no silêncio… aquele que nos absorve totalmente e onde somos capazes de repousar.

A luz do sol não a vejo… a minha pele torna-se cada vez mais pálida… espero… ansiosamente espero que a noite caia… que a noite me envolva. Que me abrace com os seus braços… desejando integrar-me e ser parte dela.

Olho por uma pequena fresta na janela… uma pequena abertura que me permite ver a quantidade de claridade existente no mundo exterior… no mundo exterior ao meu quarto… no mundo exterior ao meu mundo, a mim. O sol está a pôr-se… «Tempo de banho», penso…

Saio do banho… volto a olhar para a pequena fresta da janela… ausência de luz… finalmente. Consulto o relógio… 21h30… altura perfeita… momento ideal…

Arranjo-me, saio de casa e perco-me… entro na noite… perco-me na noite… sinto-me totalmente confundido com a noite… eu próprio torno-me parte da noite, essência nocturna… não consigo definir fronteiras entre mim e a escuridão. Já não sou eu… sou apenas noite.

Sugestão Literária

Encontra-se à venda nos principais espaços livreiros portugueses o livro «Não contem aos nossos filhos». O livro retrata a vida de um casal que durante quatro anos se prostituiu para conseguir dinheiro para sustentar os filhos, para que estes não passassem por qualquer tipo de dificuldades.
Uma história, lição de vida para todos. A não perder.


Ficha Técnica
Autor: Anónimo
Editor: Oficina do Livro
Colecção: Sociedade
ISBN: 989555236X
ISBN-13: 9789895552368
Ano de Edição: 2006
N.º de Páginas: 160
Encadernação: Capa mole
Dimensões: 15 x 23 x 2 cm