O agravamento repentino do estado de saúde de Pavarotti, operado em Julho do passado ano a um tumor, foi noticiado ontem à noite pelos media italianos.
A notícia da morte do tenor espalhou-se velozmente em Modena. As autoridades policiais locais formaram um cordão de segurança em redor da residência do tenor devido à afluência de inúmeros populares ao local, onde segundo a RAI já se encontrava um carro funerário.
Pavarotti tinha sido hospitalizado a 8 de Agosto devido a um estado «febril», regressando a casa no dia 25.
Duas intervenções cirúrgicas, uma no início do ano passado às costas e outra em Julho de 2006 ao pâncreas, obrigaram o cantor a cancelar uma digressão de despedida com 40 concertos por todo o mundo, iniciada em 2004.
Pavarotti não era visto em público há vários meses, embora, depois da última intervenção cirúrgica, tivesse anunciado a sua vontade de retomar a digressão de despedida no início deste ano, mas não conseguiu ver o seu desejo concretizado.
No início deste Verão, a sua mulher tinha afirmado que o cantor estava bem de saúde e que estava a preparar o lançamento de um novo disco. «Nunca se pode saber bem com esta doença, mas acho que Luciano se vai safar, ele está bem. Está a terminar um quinto ciclo de quimioterapia, não perdeu um único cabelo e acima de tudo nem emagreceu», afirmou na altura Nicoletta Mantovani.
Desaparece, assim, aquele que foi considerado como "o maior tenor do Mundo" desde o desaparecimento do "grande Caruso" em 1921.
Jorge Durões com Público Online e Lusa
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