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quarta-feira, 28 de março de 2007

Gabriel Ananda @ Lux


Obrigado...

Obrigado...

Obrigado...







Gabriel Ananda, um mestre do techno minimal, conseguiu, na passada quinta feira, devolver o Lux à grandiosidade dos tempos idos. Com uma pista mais ou menos composta no início do seu set, Ananda rapidamente conseguiu esvaziar o Bar do Lux, onde a Yen Sung, coitada, quase que ficou a pôr som pro boneco, levando toda a clientela a fixar-se na Disco, local onde provou que ainda existe boa música, bons momentos de dança, DJ's que não cometem erros de passagem, não metem pregos uns a seguir aos outros... enfim, demonstou que, aos seus 29 anos, é um dos DJ's mais promissores e consagrados no meio internacional.

A pista estava ainda morna no início, talvez por culpa dos muitos ingleses e franceses que tinham decidido invadir o Lux. Ananda reparou nisso. E ousou. Ousou tanto que conseguiu algo que nenhum dos presentes pensaria ser possivel. Pegando na sua obra prima - Doppelwipper (que segundo ele foi um acaso, visto que começou a misturar restos de outras músicas e, sem saber muito bem como, saiu-lhe esta que é um dos maiores fenómenos do techno minimal) - Ananda arriscou esticá-lo ao máximo. Esticou uma música de 9 minutos em 30 minutos. Fez tudo o que era possivel fazer. Loops, mixagens, trinta por uma linha... e não é que se safou brilhantemente... Durante 30minutos conseguiu levar uma pista inteira a um estado de euforia que eu não via há quase dois anos nesta casa.

Por isso, Obrigado Ananda por nos teres feito recordar os velhos tempos da nossa casa.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Estado de Espírito (um pouco depressivo, confesso)

Silêncio e Tanta Gente
Maria Guinot

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra
Ou um grito
Que nasce em qualquer lugar

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito
Ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou

Às vezes sou
O tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar
Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não

E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra
Ou um grito
De um amor por acontecer

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p'ra onde vou
E esta pedra
E este grito
São a história d'aquilo que sou

quinta-feira, 8 de março de 2007

A Não Esquecer

Não se esuqeçam de visitar o blog de uma cambada de borboletas intelectuais
E não esquecer de, no LUXfrágil:
Quinta: Kaos
Sexta: Yen Sung + Jalex
Sábado: Rui Vargas
Vamos lá ver como correm as coisas lol

Parabéns à RTP!


Parabéns à Televisão Portuguesa!


Parabéns a todos nós pois, de uma forma ou de outra, todos fazemos parte da história da televisão em Portugal.

Importância do Segredo... ou filha-da-putice pura??

«No princípio, tal como neste princípio, era o VERBO»

Uma frase do Evangelho de S. João que nos faz pensar na importância da palavra, da linguagem, que nos faz querer descobrir a fundo aquilo que a linguagem faz, como se processo, quais os seus mecanismos internos e externos, e, acima de tudo, quais os problemas existentes na linguagem que nos conduzem a uma improbabilidade comunicativa.

Não são somente os problemas da linguagem que tornam a comunicação algo improvável e entrópico. Duas figuras, muito comuns, fazem com que a comunicação não seja bem sucedida. E porquê? Porque, quer num texto quer oralmente, nenhuma das figuras é identificada por um sinal de comunicação próprio. Enquanto que identificamos uma questão pelo sinal gráfico «?» ou pela entoação típica de uma pergunta, esses dois elementos não são sinalizados.

E quais são esses recursos que tornam a comunicação mal sucedida? Sâo, de facto, a Ironia (muitas das vezes através da metáfora) e a Mentira.

Então começo a pensar... se cada texto livro, pessoa, forma de linguagem, mensagem encerra um segredo; se para percebermos cada um dos anteriores precisamos de entender e desconstruir esse segredo de forma a podermos descobrir o que cada elemento é verdadeiramente; e se os textos, a oralidade, as pessoas utilizam eses dois recursos para guardar o seu segredo... porquê... porquê... após todas as desconfianças e após esses recursos já terem sido utilizados de outras vezes, de formas idênticas, para não dizer iguais, não conseguimos imediatamente apercebermo-nos da mentira e da ironia, descobrindo o segredo que o texto encerra, o segredo que a pessoa encerra, o segredo que uma determina intenção comunicativa tenta esconder?

E se as intenções são não actuais... porque é que a verdade não se descobre por mecanismos de reenvio?
´
Só digo uma coisa... Vou processar, processar, processar