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segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Despedida

A despedida… esse momento tragicómico em que múltiplas sensações afloram… em que o raciocínio se perde e onde a certeza de uma distância ainda não concretizada toma formas rígidas e nítidas.

O adeus… essa palavra que a sintaxe quis que fosse curtíssima mas que em si encerra toda uma panóplia de momentos, toda uma vivência pessoal e plural… toda uma vida que passa à nossa frente revisitada.

«Mas como se pode resumir um segundo? Como se pode resumir uma vida?». Pode-se. Pode ser tudo resumido, friamente, a uma palavra… à palavra adeus.

Mas o adeus não é uma palavra estanque… o adeus encerra uma etapa da vida de cada um de nós… mas não se limita a terminar algo… também abre portas… prepara-nos para o próximo desafio a enfrentar, para o próximo estagio do nosso crescimento pessoal… para o próximo ponto do renascimento de casa um enquanto pessoa.

«Loucura… Loucura disto… Loucura disto tudo isto… Que palavra será?». Essa palavra é ADEUS. Não há adeus se loucura. Não há adeus sem a coragem e a loucura necessárias para cortar com o passado. Não há verdadeira vontade de nos renovarmos enquanto seres humanos, de nos constantemente reinventarmos sem uma boa dose de loucura… que palavra será?

Será, definitivamente, adeus… adeus à antiga vida… adeus aos costumes e locais de sempre… adeus às pessoas, às amizades, inimizades, vontade, necessidades, verdades, dogmas, pensamentos, pancadas, tristezas, sorrisos, sorrisos cínicos, cinismos, abraços, beijos, amores, desamores, favores, momentos, tempos, pausas, recomeços, atropelos… adeus a isto, adeus a tudo isto.

«Todavia tenho esperança, juro…». Quando voltarmos os locais, as pessoas serão as mesmas e continuarão a gostar de nós e amar-nos, como sempre gostaram e amaram.

Para o futuro breve, FORÇA… para ti… força… para o teu próprio bem… para o meu de todos os que te rodeiam… para bem de nós…

«…tenho esperança, juro, de um dia poder contar uma história com homens, uma espécie de homens…». Tenho esperança de contar a tua história!

1 comentário:

amelie disse...

este texto marcou-me de uma forma muito pessoal. O adeus, para mim, significa isso mesmo...um "abrir de novas portas" sem querer com isso dizer que o corte com o passado seja pleno porque nunca é. Não gosto de utilizar a palavra "nunca" mas faço uso dela neste caso pois afinal foi esse mesmo passado que nos tornou no que somos hoje, com ele nos fortalecemos. Logo, a sua negação total seria a anulação de nós mesmos que crescemos à custa de experiências que fomos recolhendo.

Sinto que cresci muito com a tua amizade =)

Isto tudo para dizer que tenho muitas saudades tuas e espero reencontrar-te em breve, desnaturado. =P

beijinho grande =)