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quinta-feira, 31 de maio de 2007

Ebriedade


Entrei... Era um dia importante para uma pessoa. Estava com ela.

Entrei... Vi o espaço em redor... Nada... Ou melhor... Multidão... gente e mais gente... mas anonimato total.


Pensei... «Cerveja? Já!»

Uma, duas, três...


«O álcool é o ópio dos pobres», sempre ouvi dizer. O meu estado de espírito não me permitia estar em estado não ébrio. Precisava de uma fonte de inspiração... de uma pequena ajuda... de um golo de uma substância que me despertasse os sentidos.


Os sentidos ficaram alerta... aproximações... insinuações... peripécias...

E encontrei... encontrei algo... ali no meio... num local onde era impossivel, encontrei...


Guardo para mim, não quero correr riscos... Não desta vez... já corri demasiados... não tenho forças para arriscar, apenas para viver day after day... o momento.


Cultivo... tenho de cultivar... não quero perder... não quero deixar escapar... quero cultivar o que encontrei... fomentá-lo... e esperar o que poderá dali nascer...


E hoje pergunto-me... «se a ebriedade não me tivesse abraçado, estaria tão perspicaz? Tão atento aos pequenos pormenores?»


«A solidão leva-nos a decisões precipitadas... à rapidez... Contudo, é também a primeira causa do fracasso».

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Madrinha...

Sei que não nos contactamos há muito tempo.
Sei, também, que a minha vida tem sido tudo menos calma... Uma correria entre isto e aquilo, daqui para ali, passando por acolá.
Sei que por menos tempo que uma pessoa tenha, por mais que corra, tem tempo para tudo...
Porém, também sei que gosto muito de ti.
E sei que foste um dos maiores pilares na minha formação.
Há oito anos que te conheci, mais ou menos nesta altura.
E chegou a altura de te fazer a digna homenagem, simplesmente dizendo que, para mim, és um dos meus irmãos mais importantes.
Pedir-te desculpa por esta total ausência.
Dizer-te que te Amo. Que, ao longo da vida, aprendi a Amar-te como o Pai Francisco amou cada um dos seus irmãos... o lobo... o sultão... o bispo...
Há 3 anos dizia-te que, em 2007, tratar-te-ia por «Senhora Presidente». Posso não ser uma Maya, quanto mais um Nostradamus... mas a verdade é que, surpresa das surpresas, posso chamar-te, efectivamente, de SENHORA PRESIDENTA.
Um grande beijo para ti, um abraço fraterno e toda a Paz e o Bem.
Do teu completamente desnaturado afilhado
JORGE

Estado de Espírito do momento...

Larry Heard feat. Mr White - The Sun Can't Compare

you are my life
the sun can't compare to your light
you are my dream
the moon can't compare to your beams

you are my life
the sun can't compare to your light
you are my dream
the moon can't compare to your beams

i'll have you shine

you are my lifet
he sun can't compare to your light
you are my dream
the moon can't compare to your beams

open up and see
that everything is how it all begins
day breaks so free
I'm glad every moment you are close to me

you are my life
the sun can't compare to your light
you are my dream
the moon can't compare to your beams

dreaming I hear
elements of music so clear
it won't feel right
if I don't see you in the waking light

cuz' you are my life
the sun can't compare to your light
you are my dream
the moon can't compare to your beams

waiting I feel
a moment in chance, so real
tomorrow will be
another day of love everlasting

you are my life
the sun can't compare to your light
you are my dream
the moon can't compete to your beams

You're a stranger
It doesn't matter
Come and dance with me...

Excentricidades...

"Devemos andar sempre bêbedos. Tudo se resume nisto. É a única solução! Para não sentires os tremendo fardo do Tempo que te despedaça os ombros e te verga para a terra, deves embriagar-te sem cessar. Mas com quê? Com vinho, com poesia, com música ou com a virtude, a teu gosto. Mas embriaga-te! E se alguma vez, nos degraus dum palácio, sobre as verdes ervas duma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que passou, a tudo o que gemeu, a tudo o que gira, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunta-lhes que horas são? São horas de te embriagares! Para não seres como os escravos martirizados do Tempo, embriaga-te, embriaga-te sem cessar! Com vinho, com poesia, com música ou com a virtude, a teu gosto. Mas embriaga-te!"
Baudelaire
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"Escolho os meus amigos não pela cor da pele ou outro critério qualquer, mas sim pela pupila. Tem que ter o brilho questionador e a tonalidade inquietante. A mim não me interessam os bons de espirito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero o meu avesso. Quero que me tragam dúvidas e angústias, que aguentem o que há de pior em mim e quanto a isso, só mesmo se forem loucos. Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho os meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também as suas maiores alegrias. Amigo que não ri connosco não sabe sofrer connosco. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade a sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois vendo-os loucos e santos, malucos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que «normalidade» é uma ilusão imbecil e estéril..."
Oscar Wilde

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Sugestão

Finalmente, após estar marcado há mais de um ano, é hoje...



RICARDO VILLALOBOS, um dos melhores, mais agressivos e reconhecidos Dj's mundiais, hoje @ LuxFragil

A não perder.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Pensamento do Dia

«A personalidade tem o poder de abrir portas. Mas é o carácter que as mantém abertas...»

quarta-feira, 9 de maio de 2007

...

Ninguém aparece na nossa vida por puro acaso. Cada pessoa com quem nos cruzamos tem uma razão para se ter cruzado na nossa vida, naquele espaço, naquele momento...

terça-feira, 8 de maio de 2007

Encoberto...


… o momento era inevitável… «Que se passa? Não me escondas esse porquê!»… Pensou «não, não o posso fazer…» e não o podia… um valor sempre foi superior nele e para ele… «Não, é mentira…». É verdade… aquela desculpa era mentira… mais uma… mais um subterfúgio… um porto de abrigo… mais uma tentativa de esconder tudo o que estava à vista de todos, de ganhar mais algum tempo para ponderar como poderia deixar quem a sua performance estava a encobrir fora de toda aquela história.

Pôs o cérebro a funcionar… «Pensa, tu és capaz… prova-o… não deixes que o apanhem a ele…». Novo encobrimento, novo fracasso… Estava a perder as energias… «Tu és forte»… não, não era. Mas não poderia deixar… «É a vida e o fundo dele… é o mundo dele».

SILÊNCIO

… novamente o silêncio… aprendeu a ter respeito por ele… mas neste momento…

«O medo vai ter tudo…»

É o medo… o medo desse silêncio que o assola… Quer fugir desse silêncio, acabar com aquele extermínio mental… «Não, não o faças. Não o denuncies… ele… ele… ele…» Ele sabia-o… ele desapareceria… o outro desapareceria… Seria envolto no silêncio, obrigado a entrar dentro dele sem ter a mais ténue possibilidade de lhe fugir… escapar… correr… Seria literal e totalmente engolido por ele… pelo silêncio… e afastado de um mundo só seu, um mundo que se confundia com ele próprio.

O silêncio magoava como punhais que lhe penetravam a carne de uma forma lenta e, quase jurava, compassiva…

»Não posso…» pensou. «Mas também não suporto»… ESPADA… PAREDE… parede… espada… lá fora observava… via… o silêncio… o exílio… PAZ…

As palavras tomaram forma na sua cabeça. «Não, só te vais prejudicar a ti…» A sua boca começou a abrir-se… «Pára! Ainda vais a tempo… não tens que levar com tudo porque não estiveste sozinho… a culpa não foi tua…»

Tarde demais… o som… as palavras… já tinha atravessado o espaço e por ele se tinha propagado… o CLICHÉ… sim, o cliché usado. A salvação de um… o momento de morte, pelo menos de um tipo de morte, para outro… E, pela primeira vez na sua existência, usou um cliché… uma mentira mais abundante neste mundo que relva verde e fresca num pasto idílico e ameno… mais abundante que água salgada num dos oceanos…

Está mais ou menos calmo… no exílio, apartado daquilo porque lutou e trabalhou para que se concretizasse… ganhasse forma… e se materializasse no tempo e no espaço… MAS:.. aliviado… ele, o outro, continuou lá… pensou «As minhas palavras poderiam ter sido fatais para ele… mas não!» Preferiu que lhe espetassem uma estaca a que os amordaçassem aos dois… a ele e ao outro…

Agora, vai caminhando… e pela primeira vez na sua vida chora «porque o amou, porque o perdeu»… pena ainda não lhe ter aparecido um «ZÁS… e volta a…».

Onde está existe o lugar, o tempo, o silêncio e a espera para dele sair… continua… Ele continua ali… no silêncio… «Todavia tenho esperança… JURO…» jura ter esperança de um dia contar uma história… a história… aquela que realmente teve um lugar, um espaço… um AQUI E AGORA… mas já distante… Para isso espera… nesse lugar… apegado… desapegado… conforme as marés e as fases da lua. E espera que esse dia… o dia… enfim chegue…

«Trepar uma encosta íngreme requer passos demorados no início»… ele espera… espera um dia poder chegar ao cimo… até lá vai aprendendo a conviver… gatinhando.