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segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Eduardo Prado Coelho

Filho do Professor Catedrático Jacinto do Prado Coelho, autor de muitos ensaios sobre literatura portuguesa, licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em 1983, com a tese A Noção de Paradigma nos Estudos Literários, e foi assistente nesta instituição entre 1970 e 1983. Em 1984, passou para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde foi professor associado do Departamento de Ciências da Comunicação.

Em 1975-76, foi Director-Geral de Acção Cultural no Ministério da Cultura, criado com a Revolução de Abril. Em 1988, foi para Paris leccionar no Departamento de Estudos Ibéricos da Universidade de
Sorbonne - Paris III. Entre 1989 e 1998 foi conselheiro-cultural na Embaixada de Portugal em Paris. Foi Comissário para a Literatura e o Teatro da Europália Portuguesa (em 1990). Colaborou na área de colóquios na "Lisboa Capital Europeia da Cultura 94". Em 1997, tornou-se director do Instituto Camões em Paris.

Regressou a Portugal em Outubro de 1998, tendo voltado a ser professor na FCSH da
Universidade Nova de Lisboa, tendo-se reformado desta instuição em 2004. Nesta instituição leccionou várias cadeiras, de onde se destaca a cadeira de Cultura Contemporânea. Foi o comissário da participação portuguesa no "Salon du Livre/2000".

Teve ampla colaboração em jornais e revistas e publicou uma crónica semanal no jornal
Público. Foi autor de ampla bibliografia universitária e ensaística, em que se destacam um longo estudo de teoria literária (Os Universos da Crítica), vários livros de ensaios (O Reino Flutuante, A palavra sobre a palavra, A letra litoral, A mecânica dos fluidos, A noite do mundo) e dois volumes de um diário (Tudo o que não escrevi). Em 1996, recebeu o Grande Prémio de Literatura Autobiográfica da Associação Portuguesa de Escritores e, em 2004, o Grande Prémio de Crónica João Carreira Bom.

Foi membro do Conselho Directivo do
Centro Cultural de Belém, ex-membro do Conselho Superior do Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM), ex-membro do Conselho de Opinião da Radiodifusão Portuguesa e ex-membro do Conselho de Opinião da Radiotelevisão Portuguesa.

Publicou nos seus últimos anos de vida Diálogos sobre a fé (com
D. José Policarpo) e Dia Por Ama (com Ana Calhau), sendo Nacional e Transmissível (Guerra e Paz, 1ªedição 2006) o seu último livro editado.

Foi, ainda, Professor da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa, no ano 2006.

Foi premiado, em
2004, com o Prémio Arco-íris, da Associação ILGA Portugal , pelo seu contributo na luta contra a discriminação e homofobia.
Foi uma das vozes mais esforçadas na defesa e na promoção das grandes questões da Cultura Contemporânea no nosso país, deixando à sociedade portuguesa um importante legado

Faleceu a
25 de Agosto de 2007 em Lisboa, deixando uma obra imensa e saudade. Os seus alunos, nele, reconheceram, mais que um professor, um excelente contador de estórias, uma pessoa divertida e, acima de tudo, de bem com a vida. Entre muitos dos seus alunos, «avozinho malandreco» era a sua alcunha, pelo seu espírito sempre jovial, forma irreverente de viver a sua vida e estórias fantásticas que uma pessoa normal não consegue vivenciar numa única vida.
Jorge Durões com Wikipédia

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