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quinta-feira, 8 de março de 2007

Importância do Segredo... ou filha-da-putice pura??

«No princípio, tal como neste princípio, era o VERBO»

Uma frase do Evangelho de S. João que nos faz pensar na importância da palavra, da linguagem, que nos faz querer descobrir a fundo aquilo que a linguagem faz, como se processo, quais os seus mecanismos internos e externos, e, acima de tudo, quais os problemas existentes na linguagem que nos conduzem a uma improbabilidade comunicativa.

Não são somente os problemas da linguagem que tornam a comunicação algo improvável e entrópico. Duas figuras, muito comuns, fazem com que a comunicação não seja bem sucedida. E porquê? Porque, quer num texto quer oralmente, nenhuma das figuras é identificada por um sinal de comunicação próprio. Enquanto que identificamos uma questão pelo sinal gráfico «?» ou pela entoação típica de uma pergunta, esses dois elementos não são sinalizados.

E quais são esses recursos que tornam a comunicação mal sucedida? Sâo, de facto, a Ironia (muitas das vezes através da metáfora) e a Mentira.

Então começo a pensar... se cada texto livro, pessoa, forma de linguagem, mensagem encerra um segredo; se para percebermos cada um dos anteriores precisamos de entender e desconstruir esse segredo de forma a podermos descobrir o que cada elemento é verdadeiramente; e se os textos, a oralidade, as pessoas utilizam eses dois recursos para guardar o seu segredo... porquê... porquê... após todas as desconfianças e após esses recursos já terem sido utilizados de outras vezes, de formas idênticas, para não dizer iguais, não conseguimos imediatamente apercebermo-nos da mentira e da ironia, descobrindo o segredo que o texto encerra, o segredo que a pessoa encerra, o segredo que uma determina intenção comunicativa tenta esconder?

E se as intenções são não actuais... porque é que a verdade não se descobre por mecanismos de reenvio?
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Só digo uma coisa... Vou processar, processar, processar

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